O Brasil é um país de dimensões continentais e, por isso, suas diversas regiões produtoras de café apresentam características únicas. O terroir (combinação de solo, clima e altitude) influencia diretamente no sabor e na qualidade do café, tornando cada região especial.
Neste artigo, vamos conhecer as principais diferenças entre os cafés brasileiros, explorando as particularidades de cada área produtora.
O que influencia as diferenças no café brasileiro?
As variações no sabor e na qualidade do café brasileiro são determinadas por diversos fatores, como:
- Altitude: Cafés cultivados em altitudes mais elevadas geralmente possuem maior acidez e complexidade de sabores.
- Clima: Regiões com temperaturas mais amenas tendem a produzir grãos mais densos e aromáticos.
- Tipo de solo: A composição do solo afeta os nutrientes absorvidos pela planta e, consequentemente, o perfil do café.
- Método de processamento: A forma como os grãos são colhidos e processados (natural, cereja descascado ou lavado) também influencia o sabor final.
Agora, vamos conhecer as características dos cafés de cada região produtora do Brasil.
1. Sul de Minas – Cafés equilibrados e aromáticos
O Sul de Minas Gerais é a principal região produtora do Brasil, com altitudes entre 900 e 1.300 metros e clima ameno. Os cafés dessa região são conhecidos por sua doçura natural, acidez equilibrada e notas de chocolate, frutas secas e castanhas.
2. Cerrado Mineiro – Cafés intensos e encorpados
O Cerrado Mineiro foi a primeira região do Brasil a receber o selo de Denominação de Origem. Com altitudes entre 800 e 1.200 metros e estações bem definidas (verão chuvoso e inverno seco), essa região produz cafés encorpados, com notas de caramelo, nozes e chocolate amargo.
3. Mogiana Paulista – Cafés doces e suaves
Localizada no interior de São Paulo, a Mogiana Paulista tem solos férteis e altitudes médias. Os cafés dessa região são conhecidos por sua doçura marcante, acidez média e notas de frutas amarelas e chocolate ao leite.
4. Espírito Santo – Robusta de qualidade e arábica frutado
O Espírito Santo é líder na produção de café robusta (conilon), que possui um sabor mais intenso, corpo alto e menor acidez. Já na região serrana do estado, cultiva-se café arábica com notas frutadas e florais, ideais para blends especiais.
5. Chapada Diamantina – Cafés florais e exóticos
Na Bahia, a Chapada Diamantina produz cafés especiais com altitudes elevadas e clima diferenciado. Os grãos dessa região costumam ter notas florais, cítricas e até nuances de mel e vinho.
6. Paraná – Café com notas de nozes e chocolate
O Paraná já teve uma grande produção de café, mas hoje se destaca na produção de cafés certificados e sustentáveis. Os cafés dessa região possuem notas de nozes, chocolate e acidez equilibrada.
7. Rondônia – O potencial do robusta amazônico
Rondônia tem se destacado na produção de robusta de alta qualidade, com grãos que apresentam corpo intenso e notas de cacau e especiarias.
Conclusão: A riqueza dos cafés brasileiros
A diversidade de regiões produtoras faz com que o Brasil tenha uma ampla variedade de perfis sensoriais no café. Desde os cafés suaves e adocicados de Minas Gerais até os robustos e encorpados do Espírito Santo, o Brasil tem opções para todos os gostos.